Nota do blog: Esta matéria foi produzida e publicada originalmente em 2015. Todos os preços e sugestões podem ter sofrido alterações. É importante checar se o estabelecimento ainda está em funcionamento ou se teve as portas fechadas e se as atrações ainda acontecem.
Dia 13 de setembro é o Dia da Cachaça, a nossa bebida nacional. Há os três times: os que ADORAM uma boa cachaça artesanal, os que não ligam e os que não conseguem sentir nem o cheiro. Sou do terceiro grupo. Não consigo gostar de cachaça. Não sinto sabores diferentes por conta da feitura em barril disso ou daquilo… Só sinto um cheiro forte, que berra: vai dar treta.
MAS, não resisto ao charme da branquinha, da nossa bebida típica, e admiro como a cachaça tem, ao longo dos anos, ganhado destaque e sendo feita de forma cada vez mais especializada e especial.
Para comemorar o mês da cachaça, que tal uma dica bem central para beber a branquinha na cidade? Ou acompanhar um amigo “pé de cana” todo entendido no tema?
Mangue Seco
Eu já tinha ido algumas vezes ao Mangue Seco atraída pela comida (pratos saborosos com frutos do mar). E, embora o nome seja “Cachaçaria” Mangue Seco, ninguém chama o lugar pelo primeiro nome, mantendo, assim, incógnita a vocação da casa, de forma, então, que eu não sabia que a carta de cachaça era bastante elaborada.
Há mais de 100 marcas de cachaça disponíveis, de quase todos os estados do Brasil. É possível pedir a dose ou levar uma garrafa inteirinha para casa (arre!).

Há garçons especializados em cachaças (não são todos, normalmente há sempre um de plantão no restaurante) para orientar os fregueses. Mas até os demais garçons são munidos de boas dicas.
Experimentamos dois “espécimes” nesse dia. O primeiro, uma bebida feita de cachaça, na tentativa de me adaptar ao paladar da “marvada” por meio de produções mais misturadas. A Zurli é um tipo de limoncelo, feito com cachaça. Produzida em Ouro preto (MG), é saborosa e ótima para quem gosta de bebidas refrescantes.

A segunda da tarde foi a Néctar do Cerrado (nome poético, né?), de Monte Alegre (também Minas Gerais). Provei, de fato saborosa.

Ambas as escolhas contaram com a ajuda de um dos garçons. Aliás, os garçons costumam “dar uma provinha”, bem pequenininha, para que o cliente prove e veja se quer investir na dose inteira.
Para limpar o paladar, cerveja Original estupidamente gelada (mas a preço de bar butique). Aliás, ao preço Rio, onde tudo é caro.

Entendidos entenderão que cada um tem os próprios tipos preferidos da pinga… Então, aventure-se e escolha a feita pelo modo de produção que mais agrada ao seu paladar.
Onde: Rua do Lavradio, 23, Lapa.
Mais informações aqui.
Outras dicas de lugares para beber cachaça:
Galeto Sat’s: tradicional espaço da boemia em Copacabana. São oferecidos cerca de 150 rótulos de cachaça. Quando criança, costumava ir comer galetos deliciosos com uma avó e uma tia-avó. Mas, claro, dispensava a cachaça rs. Onde: Rua Barata Ribeiro, 7 – D – Copacabana. Tel.: (21) 2275-6197
Otto: na Tijuca, é famoso pelo joelho de porco e palmito assado (e foundues durante o inverno). Ostenta uma carta interessante de cachaças, são noventa os rótulos à venda. Onde: Rua Uruguai, 380.
Academia da Cachaça: No Leblon e na Barra. Cachaça em butique. Ainda assim, cachaça. São mais de 90 rótulos de pinga! Leblon: Rua Conde Bernadotte, 26. Tels.: (21) 2529-2680 ou (21) 2239-1542 | Barra da Tijuca: Condomínio. Condado de Cascais. Av. Armando Lombardi, 800 – Loja 65- L
Tels.: (21) 2492-1159 ou (21) 24937956
Bar da Cachaça: na Lapa, pé sujo, mesa na rua, tradicional, olho do furacão, sempre cheio de gente diferente e um bom lugar para cachaças. Há artesanais feitas em alambiques (até raras cachaças) e opções da própria casa. A mais famosa é a versão Gabriela, com, claro, cravo e canela. Há, também, a Jurupinga, feita no local! Onde: Avenida Mem de Sá, 110 – Lapa.
Bar do Gomes: Adoro o Bar do Gomes, aliás, o nome original é Armazém São Thiago. Gomes é apelido, homenagem a um dos sócios mais antigos. Seja para sentar no salão interno ou para ficar de papo bebendo uma cerveja do lado de fora. A loja guarda ainda os objetos do início do século XX, quando era considerado o secos e molhados mais fancy do Rio de Janeiro. Puro encantamento, gente! Ops, mas esqueci da intenção, do post navegando nas ondas das memórias afetivas. Há uma carta bacana de cachaças por lá. Mais de 100 opções. Onde: Rua Áurea, 26 – Santa Teresa.
p.s.: escrevendo ao som de: https://www.youtube.com/watch?v=SD5SCZqgoYA
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